A dor pélvica de uma maneira geral se refere às dores sentidas na região abaixo do umbigo e acima das pernas. Ela pode acometer tanto mulheres quanto homens, porém é bem mais comum nas mulheres. Há diversas causas possíveis para a dor pélvica. Ela pode estar relacionada a uma infecção na região, a alguma lesão músculo-esquelética ou um problema em órgãos internos não-reprodutivos, como intestino ou bexiga. Nas mulheres, a dor pélvica pode ser uma indicação de algum problema com os órgãos reprodutivos, como o útero, o ovário ou a própria vagina.

Podemos considerar a dor pélvica crônica como uma dor que dura mais do que 6 meses. A prevalência é alta: cerca de 3,8% das mulheres entre 15 a 75 anos. As características da dor variam muito de mulher para mulher. Para algumas, trata-se de uma dor moderada, que aparece e some de repente. Para outras, é uma dor severa e contínua, que prejudica o sono, a qualidade de vida e o trabalho.

Muitas vezes, é difícil precisar o que exatamente gerou a dor pélvica crônica. Em cerca de 20% dos casos, ela se relaciona a problemas do sistema reprodutivo, como endometriose, doença inflamatória pélvica, aderências, ou adenomiose, entre outros. Em cerca de 37% dos casos, a dor pélvica se refere a problemas no sistema gastrointestinal, como síndrome do intestino irritável e hérnias. Em 31%, está ligada a problemas no sistema urológico, como cistite intersticial ou síndrome uretral. Em cerca de 12% dos casos, o problema está no sistema músculo esquelético, como síndromes miofasciais, fibromialgia e síndrome do piriforme.

Tratamento:

A avaliação médica buscará compreender as possíveis causas da dor a partir de um detalhado exame clínico, da história do paciente e de exames de imagem que forem necessários. Dependendo de cada caso, poderá ser pedido ultrassom vaginal, ressonância magnética, tomografia ou outros exames possíveis.

Se houver uma doença específica causando a dor, como a endometriose, o tratamento envolverá medicações específicas para esta condição. No entanto, para melhorar os sintomas, nem sempre é necessário descobrir uma doença que esteja causando a dor. É possível abordar o problema com medicações voltadas a promover um alívio da dor, como anti-inflamatórios ou os remédios chamados de adjuvantes, como antidepressivos e anticonvulsivantes.

Além das medicações para alívio da dor, a Medicina Intervencionista da Dor conta com diferentes procedimentos para promover o alívio de dores pélvicas provenientes de diferentes regiões. Alguns recursos possíveis são os bloqueios anestésicos e a neuroestimulação medular, para casos mais complexos e refratários ao tratamento convencional.

Em muitos casos de dor crônica, a fisioterapia é um recurso fundamental, para trabalhar aspectos como a tensão muscular da região ou questões posturais. A acupuntura também é um recurso que muitas vezes traz diversos benefícios. Lidar com uma dor prolongada muitas vezes se torna um desafio, levando a pessoa a ter sua vida comprometida em muitos aspectos. Neste sentido, a psicologia é um outro recurso a ser utilizado para ajudar a paciente a enfrentar tais desafios de maneira mais efetiva.

Fontes:

Equipo Interdisciplinario

 

Dra. Gabriela de Lima Freitas

Dra. Gabriela de Lima Freitas

Psiquiatra y acupuntora.

 

 
Ana Paula Cachola Carvalho

Ana Paula Cachola Carvalho

Psicóloga.

 

 
José Luiz Dias Siqueira

José Luiz Dias Siqueira

Psicólogo.

 

 

 

Sílvia Maria Bordignon da Costa

Sílvia Maria Bordignon da Costa

Enfermera.

 

 
Raquel Valentim

Raquel Valentim

Enfermera.

 

 
Luciana Magri

Dra. Luciana Magri

Nutricionista.

 

 

 

Dr. Rodrigo Antunes de Vasconcelos

Dr. Rodrigo Antunes de Vasconcelos

Fisioterapeuta.

 

 
Juliano Xidieh

Juliano Xidieh

Fisioterapeuta.