Realidade virtual promove alívio da dor em pacientes hospitalizados

Realidade virtual promove alívio da dor em pacientes hospitalizados

Um estudo publicado na semana passada no periódico JMIR Mental Health procurou investigar de que maneira a Realidade Virtual pode ser usada para se promover alívio da dor e quais benefícios este recurso pode trazer.

A Realidade Virtual é um recurso tecnológico que vem se aprimorando a cada ano e tem sido empregado nos mais diversos segmentos.  Na área da saúde vários experimentos têm sido feitos com o objetivo de se investigar que benefícios a RV pode trazer no tratamento de pacientes com diferentes condições.

O estudo da JMIR, realizado por pesquisadores da Cedar-Sinai Medical Center, em Los Angeles, utilizou a Realidade Virtual em 100 pacientes hospitalizados, com média de 5.4 de intensidade de dor em uma escala de 0 a 10. Os sujeitos da pesquisa sofriam com diferentes condições, como dor gastrointestinal, dor neuropática e dor pós cirúrgica.

A amostra foi dividida em dois grupos. O grupo 1, com 50 participantes, assistiu a um vídeo de natureza de 15 minutos em uma tela de computador. Já o grupo 2, também com 50 participantes, usou óculos de realidade virtual com um jogo animado também com duração de 15 minutos. O jogo foi especificamente desenvolvido para pessoas com dor. No jogo, os participantes atiravam bolas em objetos que se moviam. Para atirar as bolas, bastava eles mexerem a cabeça em direção ao alvo. Além disso, o jogo usa músicas motivacionais, sons com reforços positivos e mensagens diretas aos participantes.

Os participantes que assistiram ao vídeo de natureza tiveram uma redução de 13% em média na intensidade da dor. Já os participantes que jogaram o jogo de realidade virtual, tiveram uma redução de 24% na dor. Segundo os autores, os resultados estatisticamente significantes indicam que a Realidade Virtual pode ser um recurso complementar efetivo, seguro e viável para o manejo da dor em pacientes hospitalizados. Para se melhor caracterizar o impacto deste recurso no tratamento desses pacientes, são necessários mais estudos com amostras maiores, segundo os autores. Eles ainda esclarecem que o recurso não é indicado em pacientes com sintomas neurológicos ativos, náusea e vômitos constantes, lesões na face ou pescoço, epilepsia ou recebendo ventilação mecânica, entre outras questões.

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