Pesquisadores buscam desenvolver agulhas que não causam dor

Pesquisadores buscam desenvolver agulhas que não causam dor

Pesquisadores da Universidade de Ohio têm procurado inspiração na natureza para desenvolver micro agulhas que possam ser usadas em procedimentos médicos sem causar dor. E a principal referência que eles têm usado são os mosquitos, pela sua capacidade de tirar nosso sangue por minutos muitas vezes sem serem percebidos.

A equipe liderada pelo professor Howard D. Winbigler analisou a probóscide, que é o apêndice alongado com o qual o mosquito pica suas vítima. O grupo identificou 4 pontos que explicam como o inseto consegue tirar sangue sem causar dor. O resultado foi relatado em um artigo recém publicado no Journal of the Mechanical Behavior of Biomedical Materials. Os 4 pontos são:

  1. Uso de um agente que causa dormência
  2. Formato serrilhado
  3. Vibração da probóscide ao entrar em contato com a pele
  4. Combinação de partes macias e duras na probóscide

Quanto ao agente que causa dormência, logo que a probóscide é inserida na pele, o mosquito lança sua saliva, que contêm uma proteína analgésica.

Em relação à vibração, os pesquisadores identificaram que a probóscide vibra ao tocar na pele, o que facilita o processo de inserção.

Outro fator que facilita a picada é que a probóscide tem o formato serrilhado.

Por último, os autores também conseguiram medir a rigidez da probóscide em sete pontos diferentes e concluíram que as partes mais próximas da ponta são mais macias e as partes mais próximas à base são mais duras.

O próximo passo da pesquisa é o desenvolvimento de uma microagulha que contenha duas agulhas. A primeira, irá injetar um anestésico e a segunda, tirar sangue ou injetar a medicação. Esta segunda agulha terá um formato serrilhado, com uma ponta mais macia e irá vibrar quando tocar a pele.

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