Inspiração na natureza para micro agulhas
Pesquisadores da Universidade de Ohio têm procurado inspiração na natureza para desenvolver micro agulhas que possam ser usadas em procedimentos médicos sem causar dor. E a principal referência que eles têm usado são os mosquitos, pela sua capacidade de tirar nosso sangue por minutos muitas vezes sem serem percebidos.
Análise da probóscide dos mosquitos
A equipe liderada pelo professor Howard D. Winbigler analisou a probóscide, que é o apêndice alongado com o qual o mosquito pica suas vítimas. O grupo identificou 4 pontos que explicam como o inseto consegue tirar sangue sem causar dor. O resultado foi relatado em um artigo recém-publicado no Journal of the Mechanical Behavior of Biomedical Materials. Os 4 pontos são:
- Uso de um agente que causa dormência
- Formato serrilhado
- Vibração da probóscide ao entrar em contato com a pele
- Combinação de partes macias e duras na probóscide
Detalhes dos mecanismos identificados
- Agente que causa dormência: Logo que a probóscide é inserida na pele, o mosquito lança sua saliva, que contém uma proteína analgésica.
- Vibração: A probóscide vibra ao tocar na pele, facilitando o processo de inserção.
- Formato serrilhado: Este formato ajuda a minimizar a sensação de dor durante a picada.
- Partes macias e duras: A rigidez da probóscide varia, com as partes mais próximas da ponta sendo mais macias e as próximas à base, mais duras.
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Próximos passos no desenvolvimento de microagulhas
O próximo passo da pesquisa é o desenvolvimento de uma microagulha que contenha duas agulhas. A primeira irá injetar um anestésico e a segunda irá tirar sangue ou injetar a medicação. Esta segunda agulha terá um formato serrilhado, com uma ponta mais macia e irá vibrar quando tocar a pele.
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