Os números relativos às dores crônicas pós-cirúrgicas são significativos. Dependendo do tipo de cirurgia, a incidência pode variar entre 5 a 85%. Entre 2 a 15% representam dores severas, impactando a qualidade de vida. Cirurgias como amputações, mastectomia e cirurgias para hérnia têm uma alta taxa de dores neuropáticas.
Quanto às dores pós-trauma, as mais comuns são lesão medular e lesão do plexo braquial. Apesar de muito comuns, tanto as dores pós-cirúrgicas como as pós-traumáticas ainda são pouco reconhecidas e subdiagnosticadas, levando a tratamentos não adequados e aumento da incapacidade.
Dor Crônica Segundo o CID-11
No CID-11, dor crônica é definida como uma dor que persiste por mais de 3 meses. No caso das dores pós-cirúrgicas e pós-traumáticas, este critério gera alguns desafios, pois em muitos casos, dores crônicas podem iniciar muito antes deste período. Por exemplo, algumas cirurgias podem gerar quadros de dor neuropática desde o início e persistir dessa maneira durante todo o período pós-cirúrgico.
Classificação de Dores Crônicas no CID-11
A nova classificação das dores crônicas pós-cirúrgicas e pós-traumáticas no CID-11 contempla diversos subgrupos.
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Dores Crônicas Pós-Cirúrgicas
- Pós-amputação
- Pós-cirurgia medular
- Pós-toracotomia
- Pós-cirurgia no seio
- Pós-herniotomia
- Pós-histerectomia
- Pós-artroplastia
Dores Crônicas Pós-Traumáticas
- Pós-lesão por queimadura
- Pós-lesão de nervo periférico
- Pós-lesão medular
- Pós-lesão cerebral
- Pós-lesão por chicote (whiplash)
- Pós-lesão musculoesquelética
Nos próximos posts, falaremos mais sobre cada uma dessas subdivisões. Até lá!