A hérnia de disco é uma das principais causas de dor lombar que se irradia para os membros inferiores, conhecida como lombociatalgia. Estima-se que 30% a 40% da população mundial tenha uma hérnia discal, mas a maioria dessas pessoas não apresenta sintomas. Apenas 2% a 3% sofrem com dor. Em geral, os homens entre 30 e 50 anos são os mais afetados, embora também haja casos em mulheres, adolescentes, idosos e até crianças.
Estrutura da coluna e formação da hérnia
A coluna vertebral é formada por 33 vértebras, com discos intervertebrais entre elas. Esses discos funcionam como amortecedores, facilitando a mobilidade e absorvendo o impacto. Cada disco tem um anel resistente que envolve um núcleo gelatinoso chamado núcleo pulposo. Com o tempo, o desgaste natural dos discos pode causar rupturas no anel, permitindo que o núcleo se projete para fora. Se essa protusão comprimir algum nervo, o resultado é a dor, que pode irradiar para outras áreas do corpo.
Localização e sintomas
A maioria das hérnias discais ocorre na região lombar, mas elas também podem aparecer nas regiões cervical e torácica (mais rara). Na região lombar, a dor pode irradiar para as pernas e pés. No caso da hérnia cervical, a dor pode se estender para os braços, mãos e dedos. Além da dor, outros sintomas incluem formigamento e dormência nas extremidades afetadas.
Fatores de risco
Os principais fatores que aumentam o risco de desenvolver uma hérnia de disco incluem:
- Predisposição genética
- Envelhecimento (desgaste natural dos discos)
- Sedentarismo
- Excesso de peso
- Tabagismo
- Movimentos repetitivos ou atividades que envolvem levantamento de peso de forma inadequada
Prevenção
Adotar hábitos saudáveis é a chave para prevenir hérnias discais. Isso inclui a prática regular de exercícios físicos, controle do peso, evitar o tabagismo e cuidar da postura no dia a dia, principalmente no trabalho. Manter uma ergonomia adequada durante as atividades diárias e profissionais também ajuda a reduzir o risco.
Tratamento
A maioria dos casos de hérnia de disco não requer cirurgia. Tratamentos conservadores, como fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios e exercícios específicos, são geralmente eficazes. No próximo post, falaremos mais sobre as opções de tratamento disponíveis.
