A cada ano, cerca de 10 milhões de pessoas são diagnosticadas com alguma forma de câncer. Estima-se que mais da metade destas pessoas desenvolvem quadros de dor. Nos indivíduos com a doença em fase avançada as estimativas chegam a até 87%.
Existem diversas causas de dor em pacientes oncológicos. A condição álgica pode estar diretamente relacionada ao tumor primário ou suas metástases. Também pode ser uma consequência dos procedimentos diagnósticos ou terapêuticos, como cirurgias, quimioterapia e radioterapia. Além disso, a dor do paciente pode não estar diretamente relacionada ao câncer, mas gerar muito incômodo e incapacidade.
A dor oncológica mais frequente é a dor metastática óssea. Ela ocorre quando a metástase óssea causa uma lesão medular, levando a um quadro de dor. Os tumores que mais costumam causar metástase óssea são de próstata, mama, pulmão, rim e tireoide.
Quando a dor oncológica não é devidamente avaliada, as consequências são devastadoras, com prejuízo funcional, imobilidade, isolamento social e perturbação emocional e espiritual. O tratamento da dor tem muito mais chance de sucesso quando iniciado precocemente.
Quando detectado que a dor está atrapalhando a vida diária do paciente, recomenda-se que ele seja atendido por uma equipe especializada em dor, que atue em parceria com a equipe de Oncologia.
O mais importante é que fique claro que o paciente oncológico não tem que sentir dor. A presença da dor é extremamente prejudicial e é possível de ser evitada. Não é preciso esperar que ela se torne insuportável para a atuação da equipe de dor.
Na década de 1980, a Organização Mundial de Saúde declarou a dor oncológica como uma emergência médica mundial, e estabeleceu normas para o seu tratamento. Algumas medidas preconizadas são o uso de medicamentos analgésicos, bloqueios nervosos, psicoterapia e fisioterapia.
A estratégia mais frequente é a farmacológica. Para um controle medicamentoso adequado da dor, a OMS desenvolveu a "escada analgésica", que deve ser levada em conta sempre que a dor oncológica se tornar crônica.
No primeiro degrau, estão os analgésicos comuns e anti-inflamatórios não hormonais (AINEs), para o controle da dor leve.
No segundo degrau, adiciona-se opioides fracos, como o tramadol e a codeína, para a dor moderada.
No terceiro degrau, para a dor intensa, os opioides fracos são substituídos pelos opioides fortes, como a morfina e a metadona.
Em todos os degraus, são utilizados os medicamentos chamados de adjuvantes, que não são primariamente analgésicos, mas que ajudam no controle da dor, como os antidepressivos e anticonvulsivantes.
Em alguns casos, quando a dor é muito intensa ou quando as estratégias empregadas anteriormente não surtiram o efeito esperado, lança-se mão do tratamento intervencionista, com procedimentos minimamente invasivos para um controle mais adequado da dor.

Equipo Interdisciplinario

 

Dra. Gabriela de Lima Freitas

Dra. Gabriela de Lima Freitas

Psiquiatra y acupuntora.

 

 
Ana Paula Cachola Carvalho

Ana Paula Cachola Carvalho

Psicóloga.

 

 
José Luiz Dias Siqueira

José Luiz Dias Siqueira

Psicólogo.

 

 

 

Sílvia Maria Bordignon da Costa

Sílvia Maria Bordignon da Costa

Enfermera.

 

 
Raquel Valentim

Raquel Valentim

Enfermera.

 

 
Luciana Magri

Dra. Luciana Magri

Nutricionista.

 

 

 

Dr. Rodrigo Antunes de Vasconcelos

Dr. Rodrigo Antunes de Vasconcelos

Fisioterapeuta.

 

 
Juliano Xidieh

Juliano Xidieh

Fisioterapeuta.