Você já imaginou que o peso corporal pode ter relação direta com a frequência e intensidade das suas crises de enxaqueca? Pesquisas recentes mostram que tanto a obesidade quanto estar abaixo do peso estão associados a um risco maior de desenvolver esse tipo de dor de cabeça incapacitante.Você já imaginou que o seu peso corporal possa influenciar diretamente nas suas crises de enxaqueca? Um estudo recente mostra que tanto a obesidade quanto estar abaixo do peso estão associados a um maior risco de desenvolver enxaqueca.
O que a ciência descobriu
Uma meta-análise publicada no periódico Neurology reuniu os resultados de 12 estudos diferentes, envolvendo 288.981 pacientes. O trabalho, conduzido por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, buscou entender como a composição corporal pode influenciar o risco de enxaqueca.
Os resultados chamam a atenção:
- Pessoas com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) têm 27% mais chances de desenvolver enxaqueca.
- Pessoas abaixo do peso (IMC < 18,5 kg/m²) apresentam 13% mais chances de sofrer com crises.
Ou seja, tanto o excesso quanto a falta de peso parecem desempenhar um papel importante na ocorrência desse tipo de dor de cabeça.
Possíveis explicações para a relação entre peso e enxaqueca
Ainda não se sabe exatamente por que o IMC influencia na enxaqueca, mas os pesquisadores levantam algumas hipóteses:
- O tecido adiposo pode secretar moléculas inflamatórias que afetam os mecanismos relacionados à dor.
- Alterações no estilo de vida associadas à obesidade ou ao baixo peso, como níveis de atividade física reduzidos, uso de medicações ou condições associadas como depressão e ansiedade, podem aumentar o risco.
- Questões metabólicas e hormonais também podem contribuir para a sensibilidade neurológica envolvida nas crises.
Embora mais estudos sejam necessários, a pesquisa reforça a importância de avaliar o peso corporal como um dos fatores de risco para a enxaqueca.
Enxaqueca: mais que uma dor de cabeça
A enxaqueca não deve ser vista como uma simples dor de cabeça. Trata-se de uma condição neurológica que pode causar:
- Dor intensa e latejante, geralmente em um lado da cabeça.
- Sensibilidade à luz e ao som.
- Náuseas e vômitos.
- Crises que podem durar de 4 a 72 horas, impactando a vida pessoal e profissional.
Por isso, compreender os fatores que desencadeiam ou pioram as crises — como o peso corporal — é essencial para buscar tratamentos eficazes e personalizados.
O cuidado que vai além do sintoma
Se você sofre com enxaqueca frequente, talvez já tenha percebido que ela não se limita ao sintoma da dor: afeta o bem-estar emocional, social e até a produtividade no trabalho.
Cuidar da enxaqueca envolve olhar para o corpo de forma integral — avaliando histórico de saúde, hábitos de vida, alimentação, sono e peso corporal. Esse olhar amplo permite identificar gatilhos, reduzir crises e melhorar a qualidade de vida.
👉 Se você sente que suas dores de cabeça estão cada vez mais frequentes ou intensas, marque uma consulta. Juntos, podemos entender os fatores que estão influenciando suas crises e construir um plano de cuidado que vá além do sintoma.