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Mais de 300 milhões de cirurgias são realizadas no mundo todo anualmente. Infelizmente, em muitos casos, ainda há um grande desconhecimento sobre a dor após a cirurgia. Tal desconhecimento pode gerar problemas crônicos de saúde e por isso é tão importante falarmos sobre esse assunto.

Até poucos anos atrás, a dor era considerada como uma consequência inevitável à cirúrgia a qual o paciente deveria suportar. Até hoje, em muitos países há um resquício desta ideia, inclusive no Brasil, onde ainda há relatos de dor extrema após uma cirurgia, que não receberam o devido manejo. O grande risco neste tipo de prática é o desenvolvimento de uma dor extrema de longo termo.

A partir de inúmeros estudos realizados nos últimos 25 anos sobre o tema, ficou cada vez mais evidente a importância de se promover um adequado manejo da dor após as cirurgias. Assim, as recomendações mais recentes têm sido de priorizar o conforto do paciente, primeiro ao avaliar continuamente a dor do paciente recém operado. Além disso, os guidelines apontam que os clínicos devem empregar os métodos mais indicados em cada caso para promover alívio das dores pós-cirúrgicas, a fim de se prevenir problemas futuros, como o desenvolvimento de um quadro crônico doloroso.

Conforme a IASP, algumas das principais recomendações quanto à abordagem da dor pós-operatória são:

  1. Considerar que quase todas as dores após cirurgia podem e devem ser manejadas para otimizar o funcionamento físico e emocional do paciente
  2. Avliar a intensidade da dor tanto durante o repouso quanto durante atividades relevantes para apontar as principais necessidades de terapia e reabilitação, geralmente buscando, com raras exceções, promover uma intensidade leve
  3. Identificar antecipadamente os pacientes que necessitam uma atenção especial
  4. Integrar o controle da dor com outros aspectos relativos à recuperação da cirurgia, como nutrição ou atividade física
  5. Adotar uma abordagem multimodal, combinando tipos diferentes de medicação, para não depender de apenas um recurso específicoaa
  6. Levar em conta diferenças individuais entre os pacientes e suas respectivas respostas ao tratamento, refletindo fatores como gênero, etnia e idade, entre muitos outros
  7. Dar continuidade à avaliação da dor do paciente mesmo após alta, para reconhecer e tratar previamente dor persistente ou outras consequências cirúrgicas 
  8. Reconhecer que o manejo da dor se tornou um trabalho com alta especialização e um crescente conhecimento e desenvolvimento de técnicas especializadas.

Em caso de uma dor de difícil manejo, recomenda-se aos clínicos contarem com a ajuda de um profissional especializado em dor. Para saber mais sobre a Medicina Intervencionista da Dor, clique aqui 

Para acessar a página da IASP com informações sobre a dor pós-cirúrgica, clique aqui 

Para acessar a página da SBED (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor) com vídeos em português sobre o tema, clique aqui