Devo falar sobre dor crônica em meu trabalho?
Uma questão delicada para muitas pessoas com dor crônica é…
A dor no joelho é um problema muito comum e pode estar relacionada a diversas causas, podendo começar de repente, após uma fratura ou um exercício, ou evoluir lentamente, começando com um pequeno desconforto e piorando ao longo do tempo.
Podemos dividir as causas de dores no joelho em três principais tipos: as lesões agudas (como fraturas de osso ou rompimento do ligamento), problemas relacionados à idade e ao uso excessivo (como artrose e tendinite), ou ainda, diferentes condições médicas (como artrite e infecções). A dor pode ser mais localizada ou mais difusa, dependendo das possíveis causas. Geralmente, a dor no joelho gera uma limitação significativa, devido às restrições físicas que ela acarreta.
A dor pode se originar em qualquer uma das estruturas do joelho. Três ossos formam o joelho: o fêmur, a tíbia e a patela. Além disso, o joelho é composto por ligamentos (como o ligamento cruzado) e cartilagem (menisco).
A localização da dor depende muito das estruturas envolvidas e do tipo de dor. Em um quadro de infecção, por exemplo, todo o joelho pode estar inchado e doloroso. Já no caso de uma fratura, a dor será mais localizada especificamente no local da lesão.
Alguns outros sintomas que podem acompanhar a dor no joelho são dificuldade para caminhar, sensação de joelho “travado” (impossível de dobrar), inchaço, vermelhidão e dificuldade para estender o joelho.
1 – Uso excessivo/repetitivo
Artrose (osteoartrite): está relacionada a um desgaste da cartilagem da articulação devido ao uso excessivo e à idade. Trata-se da doença articular mais prevalente no mundo todo. A artrose está relacionada a fatores como obesidade, sedentarismo, uso de álcool e tabagismo.
Tendinite patelar: inflamação dos tendões que conectam a patela e a tíbia. É uma condição crônica muito comum em pessoas que fazem movimentos repetitivos, como corredores e ciclistas. Em inglês, é chamada de “jumper’s knee” (joelho de saltador).
2 – Condições médicas
Artrite reumatoide: trata-se de uma condição autoimune que pode afetar qualquer articulação no corpo, causando dor intensa e incapacidade.
Gota: uma forma de artrite mais comum nos pés, mas que também pode ocorrer nos joelhos
3 – Lesões agudas:
Lesões no ligamento: a mais comum destas é a lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA). O LCA se localiza entre a tíbia e o fêmur. As lesões no LCA são bastante recorrentes em atletas, tanto amadores quanto profissionais, e cerca de 80% das lesões traumáticas no joelho estão relacionadas ao LCA.
Fraturas: geralmente geram uma lesão óbvia e dolorosa, devido a um trauma direto que compromete uma estrutura óssea do joelho. Além da dor, também costumam comprometer o funcionamento do joelho. Todas as fraturas requerem uma atenção médica imediata.
Ruptura nos meniscos: os meniscos são cartilagens em forma de C que ficam no centro do joelho, entre o fêmur e a tíbia, e atuam como amortecedores de impacto. O menisco lateral fica na parte externa da perna e o medial fica na parte interna. O medial é 20 vezes mais lesionado que o lateral.
O primeiro passo para um bom tratamento é um processo diagnóstico, realizado por médicos especializados em dor. A partir da avaliação inicial é possível identificar as características e possíveis causas da dor, o contexto de vida do paciente e, assim, traçar um plano de tratamento, empregando os recursos mais indicados. Na maioria dos casos, o prognóstico é bom. Em alguns casos, no entanto, pode ser necessária a realização de uma cirurgia.
O tratamento conta com diversos recursos. O mais indicado dependerá do tipo de dor e da condição clínica atual do paciente. Uma abordagem multidimensional pode envolver recursos como medicações, fisioterapia, bloqueios anestésicos, atividades físicas regulares, acupuntura, entre outros.
A Medicina Intervencionista da Dor conta com alguns recursos extremamente eficazes para alguns tipos de dores no joelho, entre estes, destaca-se a radiofrequência resfriada . Outras opções bastante promissoras são a viscossuplementação (infiltrações de ácido hialurônico) e o BMA (Aspirado de Medula Ossea), que vêm demonstrando resultados surpreendentes em estudos em diversos países.
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