Caso clínico: simpatectomia por radiofrequência

Caso clínico: simpatectomia por radiofrequência

A dor crônica no joelho é uma condição que pode impactar profundamente a qualidade de vida, limitando movimentos, atividades diárias e até a saúde emocional. Muitas vezes, mesmo após múltiplas cirurgias, o paciente continua convivendo com o problema, o que gera frustração e sofrimento. Dentro da medicina da dor, no entanto, existem abordagens menos invasivas que podem oferecer resultados expressivos, como os procedimentos com radiofrequência.

Relato clínico: dor persistente após múltiplas cirurgias

O caso é de um paciente de 32 anos, com histórico de 8 cirurgias no joelho direito iniciadas aos 14 anos de idade. Apesar das intervenções, nenhum motivo anatômico foi identificado que justificasse a dor.

Com o passar do tempo, o quadro piorou: o paciente perdeu amplitude de movimento, não conseguia dobrar ou estender completamente o joelho e apresentou atrofia muscular significativa, com 5 cm de diferença entre as pernas. Essa evolução ilustra como a dor crônica pode ser multifatorial, indo além de alterações visíveis em exames de imagem.

O papel do sistema nervoso na dor crônica

Situações como essa podem estar relacionadas ao funcionamento inadequado do sistema nervoso autônomo, responsável por regular funções como fluxo sanguíneo periférico e sudorese. Em alguns casos, esse sistema entra em “curto-circuito”, enviando sinais de dor de forma incorreta.

Essa compreensão é fundamental dentro da medicina da dor, pois explica por que alguns pacientes continuam sofrendo mesmo sem alterações anatômicas claras.

Tratamento realizado: bloqueio e radiofrequência

A primeira conduta adotada foi um bloqueio do simpático lombar com anestésico local, que resultou em cerca de 70% de alívio da dor. Porém, com o retorno dos sintomas após alguns dias, optou-se por um tratamento mais duradouro: a simpatectomia por radiofrequência, um procedimento minimamente invasivo, sem cortes e sem necessidade de internação hospitalar.

Durante o mesmo procedimento, foi realizada também a radiofrequência pulsada guiada por ultrassom nos nervos fibular e safeno, diretamente relacionados à região de maior dor no joelho. Essa abordagem combinada visou modular os sinais dolorosos de forma eficaz e direcionada.

Evolução clínica após a intervenção

Três dias depois, o paciente relatou estar novamente com 70% de melhora da dor. Com isso, foi possível recomendar a retomada gradual da fisioterapia, visando ganho de força muscular e recuperação da mobilidade. Caso haja necessidade de nova cirurgia para ampliar o movimento do joelho, ela será considerada apenas em 6 meses, quando a dor estiver sob controle.

Cuidar da dor é recuperar qualidade de vida

Esse caso demonstra que, mesmo quando múltiplas cirurgias não trazem os resultados esperados, existem alternativas seguras e eficazes dentro da medicina da dor. Técnicas como a radiofrequência oferecem alívio significativo, permitem reabilitação mais rápida e devolvem esperança ao paciente.


👉 Se você convive com dor crônica sem explicação clara ou que persiste após diferentes tratamentos, saiba que existem opções personalizadas e menos invasivas. Agende sua consulta e descubra como a medicina da dor pode ajudar a recuperar sua qualidade de vida.

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