Pesquisadores propõem nova definição de dor

Pesquisadores propõem nova definição de dor

A antiga definição de dor: um avanço para a época

A definição mais utilizada atualmente sobre o que é dor foi instituída na década de 70, fruto de um longo debate entre diversos especialistas na área e endossada pela Associação Internacional para Estudo da Dor (IASP). Quatro décadas depois, dois importantes pesquisadores, A.C. Williams e K.D. Craig, agora propõem que esta definição seja revista e atualizada, para se adequar aos avanços científicos dos últimos anos.

A definição da IASP foi revolucionária nos anos 70, por tirar o foco de uma visão mais mecanicista da dor e valorizar a importância dos aspectos subjetivos da experiência. Segundo este grupo de especialistas, a dor é: “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão tecidual atual ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão”.

A nova proposta: dor vai além do corpo

young female Asian is resting on a sofa, experiencing menstrual cramps. She has pelvic pain

A principal mudança, por Williams e Craig, está no reconhecimento de que a dor é uma experiência complexa, influenciada por vários fatores:

  • Sensoriais: o estímulo físico em si
  • Emocionais: medo, tristeza, frustração
  • Cognitivos: pensamentos e memórias associadas à dor
  • Sociais: apoio (ou falta de apoio), ambiente, cultura

Por que isso é tão importante para quem sente dor?

Um importante fator desta nova definição é o seu final, em que é destacada a interação entre fatores sensoriais, emocionais, cognitivos e sociais na formação da experiência de dor. A proposta foi publicada na revista PAIN de novembro de 2016 e recebeu diversos comentários, críticas e sugestões ao longo de 2017. Uma importante contribuição já foi realizada pelos autores, ao trazer à tona a importância de uma revisão de um conceito que data de quase 4 décadas.

Você costuma sentir muitas dores? Esse post vai te ajudar a entender melhor

Você sente que sua dor não é compreendida?

Você não precisa enfrentar isso sozinho(a). Um atendimento atento e empático pode transformar a forma como você lida com a dor e abrir caminhos reais de alívio e qualidade de vida.

Compartilhe: