efeito nocebo

Expectativas negativas podem resultar em dor. Este é o princípio do efeito Nocebo. Ao contrário do mais conhecido e estudado efeito placebo, que se refere à diminuição da dor por uma expectativa positiva, o efeito nocebo acontece quando uma pessoa sente uma dor mais intensa ao ter pensamentos como “acho que este procedimento não vai melhorar a minha dor” ou “acho que este exercício vai me trazer mais dor”.

É importante esclarecer que essas expectativas podem ser conscientes ou subconscientes, e são influenciadas por experiências prévias ou o contato com informações dadas pela mídia ou até por profissionais de saúde. Por isso, ao pesquisar informações sobre temas relacionados à saúde, é sempre muito importante buscar fontes confiáveis e se certificar de que as informações não tragam expectativas negativas ou abordagens mais catastróficas.

Na edição de março/abril deste ano do periódico Pain Reports, duas revisões da literatura foram publicados sobre o efeito Nocebo. Uma delas abordou os mecanismos psiconeurobiológicos e a outra apontou aspectos importantes para a intervenção no contexto de tratamento da dor.

Quando falamos em nocebo, não se trata apenas de experiências subjetivas, da pessoa simplesmente achar que está com mais dor. Há na verdade mudanças fisiológicas provocadas por uma expectativa negativa. Várias áreas cerebrais, principalmente áreas relacionadas ao sistema de modulação da dor, estão envolvidas neste fenômeno. Além disso, a colecistocinina (CKK) é um hormônio diretamente envolvido neste processo, estando ligado à hipersensibilidade à dor.

A suceptibilidade ao efeito Nocebo é influenciado por traços de personalidade, por catastrofização (tipo de pensamentos mais voltados para aspectos negativos) e o medo da dor.

A maneira como determinado procedimento médico é explicado pode ter um efeito significativo na dor que o paciente sente. Em um experimento, mulheres em processo de parto receberam duas explicações diferentes sobre a injeção peridural. Para o primeiro grupo, era falado que elas sentiriam uma dor como se fosse uma grande ferroada de abelha. Já o segundo grupo de mulheres recebia a informação de que a injeção iria anestesiar a área e que ela se sentiria confortável durante o procedimento. O primeiro grupo teve uma pontuação significativamente maior na escala visual de dor.

Como formas de se abordar o problema, o essencial para profissionais de saúde em geral é evitar interações negativas e promover um bom rapport, ou seja, uma boa relação terapêutica com seus pacientes, fazendo com que se sintam seguros e com expectativa de ter alívio. É importante não enfatizar demais os efeitos colaterais potenciais e ao mesmo tempo ressaltar os efeitos benéficos das medicações e procedimentos, claro que sem enganá-los a respeito do que é realmente possível esperar com o tratamento.

Para acessar os dois artigos de revisão sobre o tema, em inglês, clique nos links: revisão de mecanismos psiconeurobiológicos https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28971165 e revisão de intervenção no contexto de tratamento da dor https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29034363

Equipo Interdisciplinario

 

Dra. Gabriela de Lima Freitas

Dra. Gabriela de Lima Freitas

Psiquiatra y acupuntora.

 

 
Ana Paula Cachola Carvalho

Ana Paula Cachola Carvalho

Psicóloga.

 

 
José Luiz Dias Siqueira

José Luiz Dias Siqueira

Psicólogo.

 

 

 

Sílvia Maria Bordignon da Costa

Sílvia Maria Bordignon da Costa

Enfermera.

 

 
Raquel Valentim

Raquel Valentim

Enfermera.

 

 
Luciana Magri

Dra. Luciana Magri

Nutricionista.

 

 

 

Dr. Rodrigo Antunes de Vasconcelos

Dr. Rodrigo Antunes de Vasconcelos

Fisioterapeuta.

 

 
Juliano Xidieh

Juliano Xidieh

Fisioterapeuta.

 

 

 

 
  • Mari

    Mari

    "Já tinha consultado inúmeros médicos sem resultado algum...o Singular fez toda a diferença no momento crítico pelo qual passei. Além dos profissionais competentes, o tratamento humanitário foi destaque durante o tratamento." Lea Más
  • Marcelo

    Marcelo

    "23 anos de dor lombar crônica. No começo de tudo a dor era insuportável, 24 hs por dia; nessa época já não esperava mais nada, era como mais uma consulta, mas foi através do tratamento de bloqueios e fármacos específicos Lea Más
  • Priscilla

    Priscilla

    "Confio plenamente em toda equipe que cuida de mim...estou evoluindo cada dia mais...minha vida não parou." Lea Más
  • Lucinda

    Lucinda

    Acho que nunca me acostumei com a dor, e saber que era possível me livrar dela me fez chegar até aqui, um lugar tão Singular, que certamente simbolizará um novo jeito de caminhar, um novo destino com projetos e possibilidades. Lea Más
  • Omar

    Omar

    DR CHARLES e DR FABRÍCIO dois Profissionais e dois seres humanos , sem palavras..... Lea Más
  • Marcelo

    Marcelo

    No início de 2013 comecei a sentir dores constantes na região cérvico-toráxica. Não sabia as causas e muito menos o diagnóstico para aquele incômodo muscular que passou a ser diário. Com o passar do tempo a dor começou aumentar de intensidade e de duração. Lea Más
  • Anderson

    Anderson

    É difícil mensurar minha satisfação atual, assim como era difícil suportar tanta dor e sofrimento pelo qual passei quando do início de meu tratamento junto à clínica singular, em especial pelo atendimento prestado pelo Dr. Charles. Lea Más
  • Gláucia

    Gláucia

    Procurei o Dr. Fabrício em decorrência de um pós operatório frustrado. Cheguei a primeira consulta totalmente fatigada, abaixo do meu peso, muita olheira por  noites mal dormidas e com uma grande expectativa quanto a solução para o alívio das dores Lea Más
  • Rodrigo

    Rodrigo

    Assim como o ano de 2016, o de 2017 para mim inicia-se com um enorme otimismo e as melhores expectativas possíveis! Todo esse otimismo está embasado no belíssimo papel que a Clínica SINGULAR desempenha em minha vida e na de Lea Más
  • Rosalva

    Rosalva

    Quero agradecer à toda equipe da Clínica Singular, todos, sem exceção, atenciosos, sempre presentes e muito gentis.  Em especial ao fisioterapeuta Rodrigo Vasconcelos que me auxiliou com exercícios e após conversar com o Dr. Rafael Barreto Silva  do Instituto da Lea Más
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